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Museu do Homem

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Durante as comemorações dos 50 anos da UFMG, nasceu uma ideia ambiciosa: o Museu do Homem. O projeto começou oficialmente com uma portaria do reitor Eduardo Osório Cisalpino, que nomeou uma comissão coordenada por Gilca Wainstein, secretária executiva da Fundep, com a missão de transformar o sonho em realidade.A proposta era ousada: criar um instituto ligado à Reitoria que se tornasse referência em Antropologia e Arqueologia em Minas Gerais, além de servir como polo de pesquisas para diversos departamentos da Universidade. Para dar forma a essa visão, foram chamados nomes de peso: Darcy Ribeiro, à frente do anteprojeto; Renato da Matta e André Pierre Prous-Poirier, como pareceristas; e o icônico arquiteto Oscar Niemeyer, responsável pelo projeto arquitetônico.

Os anos de 1977 e 1978 foram de intensa atividade. O projeto ganhou edições bilíngues, e a equipe realizou viagens e intercâmbios com instituições na França, Dinamarca, Portugal e México. Contratos foram firmados com o Governo de Minas Gerais e com o Iphan, reforçando a dimensão cultural e simbólica da iniciativa.

No entanto, o entusiasmo encontrou obstáculos. O financiamento prometido pela Finep, que parecia garantido, não se concretizou. A partir de 1979, a crise financeira que atingiu o sistema universitário brasileiro, incluindo a própria UFMG, reduziu drasticamente os recursos destinados à pesquisa, tornando inviável a continuidade do projeto.

O caso do Museu do Homem também reflete o dilema da Fundep nos seus primeiros anos: criada para atividades de apoio, a fundação se viu diante de um projeto de visibilidade e impacto cultural sem precedentes. Apesar de nunca ter se materializado, o Museu do Homem deixou uma marca no imaginário de Belo Horizonte, uma lembrança da modernidade e da força simbólica que dialoga com o conjunto arquitetônico da Pampulha.